O desemprego cresceu e ganhou novas feições em 2015. Ele ficou mais longo, mais velho, mais experiente, mais masculino e atingiu igualmente todos os níveis de escolaridade. Pela primeira vez em mais de duas décadas, o país cortou postos de trabalho formais para profissionais com curso superior.
Este é o “perfil” dos futuros desempregados de 2016 que estão sendo gestados desde 2014. A taxa média de desocupação passou de 4,8% em 2014 para 6,8% em 2015 nas seis principais regiões metropolitanas. Mais de 1,5 milhão de empregos com carteira assinada, no país todo, foram eliminados.
Os efeitos negativos da recessão, da desaceleração da China, da queda de preço das commodities, da crise na Petrobras e do ajuste fiscal sobre o mercado de trabalho vão continuar em 2016 e talvez se prolonguem ao longo de 2017 e cheguem a 2018. Mas além do corte de empregos e da renda, que desestruturam famílias, há uma conta extra em gestação. Quando o Brasil voltar a crescer, parte do esforço feito em qualificação e formação de mão de obra nos últimos anos terá se perdido, o que pode retardar a retomada dos níveis de emprego.
Parte dos desempregados estará, de novo, desqualificada para os empregos que serão gerados. Parte estará empregada em outras funções, o que tornará a recontratação uma tarefa mais difícil para as empresas. O Brasil sairá da crise menos produtivo e a mão de obra, menos qualificada. O tamanho desse problema será proporcional à duração e à profundidade da recessão, dizem economistas.
A analista de RH da Employer Fabiana Zanbroski em entrevista ao “R7 Noticias” , lembra que, independentemente da área, ainda assim há contratações no País.
Por exemplo, os profissionais da TI (tecnologia da informação) continuam em alta. Da mesma forma, quem é da área da saúde também vai encontrar um mercado mais aquecido do que outros setores. Para retomar o crescimento, muitas empresas apostam ainda em contratar bons vendedores.
Essa área vive um ciclo diferente do que está acontecendo com algumas outras profissões. As empresas buscam cada vez mais colaboradores que tragam soluções no sentido de reduzir custos e facilitar processos. Ou seja que agregue valor à empresa e que sejam pessoas disponíveis e integradas aos objetivos a serem alcançados. Em época de desemprego, prontidão para o trabalho é tudo
A assessora de carreiras da Catho Larissa Meiglin explica que existe uma demanda permanente por desenvolvedores, programadores e analistas técnicos com experiência.
A realidade da qual estamos falando está muitíssimo bem retratada nos apontamentos que resultaram na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mas recomendamos que você acesse no link abaixo: