PERISCÓPIO Nº 207
Pontos chave:
1) “Ano novo, esperanças novas”. “Governo novo, novas ideias”.
2) Tão certo como (eram?) as chuvas de verão são as filas de caminhões no escoamento das safras; ano a ano começando mais cedo.
3) Sim! Há soluções! A formulação, precisa, do problema é o primeiro passo.
“O mais grave no nosso tempo
não é não termos respostas para o que perguntamos –
é não termos já mesmo perguntas”
[Vergílio Ferreira]
“Julgue-se um homem mais pelas suas perguntas
do que pelas suas respostas”
[Voltaire]
“Eu não procuro saber as respostas,
procuro compreender as perguntas”
[Confúcio]
“A pergunta certa é geralmente mais importante
do que a resposta certa à pergunta errada”
[Alvin Tofler]
“Nunca são indiscretas as perguntas.
São, às vezes, as respostas”
[Oscar Wilde]
Tão certo como (eram?) as chuvas de verão são as filas de caminhões no escoamento das safras; ano a ano começando mais cedo. Como em anos anteriores, o Governo busca enfrentar as filas e os gargalos logísticos. Para tanto, “define plano de escoamento” (01, 02, 03) – sempre importante!
“Ano novo, esperanças novas”. “Governo novo, novas ideias”. Nesse ambiente, e como subsídios às análises, planos e projetos, algumas questões para reflexão:
Agendamento, implantado com tanto sucesso em 2014, após mais de uma década, é uma solução conjuntural ou estrutural? Ou ambas? A propósito: Por que se demorou tanto?
Que impacto teria sobre as filas, contíguas aos portos, se estes efetivamente funcionassem 24 horas por dia; 7 dias por semana?
E sobre as rodovias e ferrovias que os acessam? Por quanto tempo poderiam ser adiadas ampliações se os portos funcionassem, pra valer, 24X7?
Se é bom (24X7), por que ainda não é uma realidade?
Para que porto-24-horas se o cliente não é 24 horas?
O que acontecerá com Barcarena-PA (onde se localiza o Porto de Vila do Conde) se simplesmente forem ampliados e/ou implantados novos terminais portuários (arrendados ou TUPs)?
Idem com Santarém-PA, quando concluída a (tão sonhada!) BR-163, implantados novos TUPs e os novos arrendamentos (do “Lote-1”, em análise pelo TCU)?
Investimentos ou soluções logísticas?
Volume (de entrada e de saída das cargas) e distribuição temporal: Qual o peso relativo de cada uma dessas variáveis na formação e dimensão das filas? (01, 02, 03).
Sim! Há soluções! A formulação, precisa, do problema é o primeiro passo.
A torcida é grande!
Frederico Bussinger é ex-Secretário de Transportes de São Paulo; Presidente da CPTM e Diretor do Metrô/SP.