Pensava-se que, com a era digital, os livros impressos iriam desaparecer.
Segundo pesquisa realizada no Brasil em 2023 pela Nielsen BookData, a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL), dos mais de 203 milhões de brasileiros, 16% das pessoas acima de 18 anos compraram livros nos últimos 12 meses. São 25 milhões de compradores, de acordo com o “Panorama do Consumo de Livros”.
Entre 2017 e 2022, houve um aumento de 38%, chegando ao pico de 58,6 milhões livros vendidos. Já em 2023, com os brasileiros livres do confinamento, as vendas se assentaram, chegando a 54 milhões, ainda acima do patamar pré-Covid (fonte citada).
Também há quem prefira fazer a leitura de um bom livro em meio digital, por tablet, Kindle ou algum outro formato, por estar mais familiarizado com a linguagem eletrônica, considerando estes dispositivos mais práticos e funcionais.
Fato é que ler é um hábito capaz de desenvolver muitas habilidades em quaisquer pessoas, independentemente da idade, classe social ou grau de escolaridade. E aqueles que o cultivam destacam suas vantagens. Aprende-se a escrever melhor por meio da leitura. Adquire-se vocabulário mais extenso e diversificado. Elevamos nossa bagagem cultural. Amplia nossa visão de mundo. Faz crescer nosso repertório e nos mantem mais bem informados. E temos mais assuntos para conversar. Em outras palavras, estamos falando de uma atividade extremamente importante e que deve ser estimulada desde cedo, tanto pelas famílias quanto pelas escolas. E esse hábito pode perdurar e se aprimorar por meio de incentivo constante de familiares e comunidade escolar.
Jornais, revistas, sites, blogs, informativos vêm, crescentemente, sendo acessados por meio digital, oferecendo novos caminhos, compondo o universo de acesso à informação. Contudo, os livros impressos continuam sendo os queridinhos. Nos últimos quatro anos, o número de livros vendidos pelo varejo no Brasil passou de 41,5 milhões para 58,6 milhões. São leitores que não abrem mão da sensação de abrir e folhear um exemplar, assinalando parágrafos e iluminando citações. Principalmente adultos e pessoas mais velhas.
Por outro lado, entre os mais jovens, cada vez mais atraídos pela tecnologia, vem aumentando a preferência pela leitura digital, apoiada pela facilidade de pesquisar e armazenar dados. Também em decorrência do custo: o preço médio do livro chegou a 46 reais em 2023 – e o valor é o principal motivo alegado pelos brasileiros que não compraram nenhum exemplar no último ano.
Independente da forma, importante mesmo é a leitura!
Ambos, meio digital e impresso, são formas de acesso a um mundo repleto de infinitos horizontes. Tal como dito há muito tempo: “o homem que lê vale mais”. E se completa: “o homem que lê sabe mais!”